terça-feira, julho 24, 2007

Capítulo 15: De como por segundo ano o Summercase foi o centro dos guiris em Barcelona


Arcade Fire e a inmelhorável escena canadiana


É muito normal que no primeiro ano um festival musical ponha todas as cartas sobre a mesa e traia aos melhores grupos que poida conseguir. Bem se di que a primeira impressom nom se esquece. Evidentemente nom me estranhou que o Summercase do 2006 tivera aos grupos e artistas que tivo. Um verdadeiro luxo sendo um festival que xurdeu da nada. Xa no seu momento, como lembraredes, fixem algumas entradas (1, 2, 3) respeito a esse veram de há xa um ano na cidade condal. Muito bo e com concertos maravilhosos, a verdade (nom todos, claro está, mas é normal cando há tantos grupos). Sinceramente, ao pensar em ir a um festival este ano, nom me parecia muito boa ideia repetir cê, mas o cartaz rompeu os meus reparos: PJ Harvey, Arcade Fire (xa tinha este desexo dende havia tempo), The Flaming Lips, James, The Jesus and Mary Chain e mesmo Bloc Party. Ademais, havia grupos também muito interessantes, ainda que com menos renome (quizais melhor así) como Jarvis Cocker, The Gossip, !!!, The Hidden Cameras e LCD Soundsystem. Em fim, que depois de todo rematei um ano mais em Barcelona passando calores no Summercase.


Flaming Lips: O Friquismo em Pleno

Para empeçar, podo dizer que os grandes artistas (ou grandes para min) nom decepcionarom. PJ Harvey demonstrou (estranhamente soa, sem grupo) que é uma grande. É certo que o público estava entregado de antemam, mas isso nom lhe quita mérito a um concerto valente e honesto, que fixo evidente que se trata duma das melhores representantes da escena alternativa contemporânea. PJ é grande, e ninguém que fora capaz de suportar a sauna na que se converteu a carpa S (péssimo isto por parte da organizaçom, ainda que foi subsanado o segundo dia) poderia dizer o contrario.


A volta de James

Arcade Fire também demonstrou que som muito mais que um grupo do momento e deixarom claro que tenhem uma proposta clara e que sabem perfeitamente como transmitir ao público o que querem dizer. Muito bem por estes quebequenses (evidentemente tomarom a sua postura dizendo que sabiam que isso nom era Espanha), presente e futuro do indie alternativo. Iso si, nom passou o do concerto de Paris. Coido que nom se quiserom arriscar co "sangue mediterrâneo". Seguramente estes dous concertos forom o melhor da fim de semana, ainda que houvo mais xoias no Summercase.


A Inventiva de Flaming Lips


The Flaming Lips, ainda que sem surpresas, derom um concerto redondo cumprindo coas expectativas e dando um concerto divertido e absolutamente friqui. Fixerom o que tam bem sabem fazer: dar um gram espectáculo com cançóns que conhecemos bem dende há tempo e que nom decepcionam. Eu xuraria que agradeciam cum "Gracias, Mickey" (o que tinha sentido porque o concerto empeçou co vocalista numa bola de hamster xigante sobre o público) ou coa sua variante "Gracias, Friqui" (também com sentido polos santa clauses, extraterrestres e o Capitam América que bailarom sem parar sobre o escenârio), ainda que a opiniom de outros presentes foi um mais tradicional "Gracias, Thank you" muito menos de acordo coa filosofia do grupo. A volta de James foi xustificada e o grupo deu todo como nos seus melhores anos co pretexto dum cd dos grandes êxitos polo que o concerto nom decepcionou a ninguém. Quizais o único negativo fora a incrível delgadeza de Jim (o vocalista). Alguém sabe se está enfermo? The Jesus and Mary Chain cumprirom co papel e derom um concerto redondo (também dando gosto a todos coa presentaçom dum cd de grandes êxitos) e evidenciarom que conservam todos os aspectos positivos (praticamente todos) e negativos (quizais uma aparência de apatia na interpretaçom que os caracterizou dende o princípio) que sempre tiverom. Por último, Bloc Party soou ao que soa nos cds: este si é um grupo do momento (como também Kaiser Chiefs) e tenhem cançóns muito boas que som uma verdadeira obriga ao baile mas a maioria som só de recheio e um concerto de hora e média xa é muito. É uma mágoa xa que o primeiro cd dos neoiorquinos é bo (coas suas excepçóns). Espero que só sexa uma baixada momentânea.
Jarvis Cocker, quem nom perdeu nada coa desapariçom de Pulp, cumpriu bem o exame sobre todo cum carisma de altura e sem dar concessóns aos seguidores de Pulp. Co cancioneiro do inglês abonda para um concerto de altos voos. The Gossip foi quizais a revelaçom do festival, nom tanto porque nom fora de se esperar o que fixerom sobre o escenârio, senom porque a resposta do público foi incrível. Em fim, que numa boa discoteca este grupo dá muito mais de si que Bloc Party, sem dúvida.




The Gossip Conquista Barcelona (1 y 2)


Mas também é o que podo dizer de !!!, só que neste caso a surpresa foi mínima porque xa som bem conhecidas as tolémias funk-punk deste grupo. Xenial posta em escena só coa sua presença e nada mais. LCD Soundsystem foi outro grupo que nom por bem conhecido deixou de sorprender. Se bem a noite era xa avançada (empeçou as 2:45) a carpa estava petada e o público entregado. Foi uma mágoa porque as 3:15 da manhã o corpo pidiou um descanso e tivemos que marchar sem rematar o concerto. Seguramente a surpresa do festival (positiva) foi The Hidden Cameras (dos que, acepto, nom sabia nada) cum pop bailável com muito ritmo e uma frescura que se agradeceu muito as 19:25, cando o sol ainda caia sobre as nossas cabeças.
Mas claro, também houvo decepçóns. Em primeiro lugar, os grupos que nom se puido ver: Delorean (grupo peninsular de electro-pop muito recomendável), por coincidir com Arcade Fire, e Mika (inglês aclamado pola crítica musical) quem cancelou por enfermidade. Editors confirmou que nom tenhem muito que ofertar (mais alá duma cópia de Interpol), Lily Allen sirviou só como música de fondo para muitas conversas mais interessantes e Air foi mal programado (as 12:40 nom há quem suporte o sedante pop dos franceses, ainda que sexa realmente bo noutro contexto) e sirviou para tomar uma sesta antes de seguir coa xornada que rematou despois das 4, trás escoitar outra decepçom: The Chemical Brothers cum ponchis-ponchis plano e sem novidade.
A experiência rematou confirmando um ano mais que o dos festivais é toda uma arte e que a experiência axuda a sobreviver estes maratóns com dignidade. Repetir em 2008? Melhor será esperar a ver que me ofertam daquela. Por agora deixo-vos com alguns vídeos e cando suba mais porei por aquí os links.


P.D. Guiris? Si, cada vez mais. Agora a xente dá por feito que todos falam inglês. Despois de várias malas experiências (xente muito desagradável) a minha postura foi nom falar inglês, ainda que o conheça bem. Xa está, párlame catalá.

2 comentários:

  1. Te dejo el link del disco de los Beach Boys:

    http://massmirror.com/1d641acdc1b77d6d4a964d40d8bc9adb.html

    pass: www.subsidio.blogspot.com

    muy interesante tú blog!!!!

    Beijinhos!!!!

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  2. Hola:
    Gracias por el link. Está genial el disco. Si a alguien más le interesa, es muy recomendable. Ya nos estaremos ciber-visitando. Ciao.

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