sábado, fevereiro 21, 2009

Eleçóns

Hoxe alegro-me de nom ter direito ao voto nas eleçóns ao parlamento galego por um motivo muito sinxelo: nom saberia a quem votar. Pra mim a abstençom nom foi nunca uma opçom por várias raçóns. Penso, pra começar, que a participaçom dos processos democráticos é um requisito sine qua nom para poder opinar, falar, queixar-se ou insultar ao político em turno cando fai o que todos eles fam nalgúm momento da sua carreira. Se nom se vota, nom se tem direito a dizer rem ao longo de catro anos, e co que gosto de me queixar, nom é uma possibilidade pra mim. Por outra banda, creo na democracia como o menos peor dos sistemas políticos que conhecemos. É francamente melhorável e os políticos crem que as eleçóns lhes dam a oportunidade de atuar sem pensar no povo durante o que resta de lexislatura. Isso nom é democracia, mas o home nom é perfeito, e por agora é o melhor que se tem feito. E como demócrata, calquera participaçom na vida política, como o simple acto de votar, é uma açom irrenunciável. Evidentemente, a abstençom nom é uma possibilidade pra mim e só o consideraria uma opçom válida no caso de anarquistas fortemente concienciados e implicados, algo desgraçadamente muito raro no panorama atual.
Parece contraditório, pelo tanto, que me alegre de nom poder votar nestas eleçóns, mas coido que bem poderia ser o momento no que o troco comece a chegar a estas terras e nom sei se seria quem de apostar por el completamente ou esperar a que sexa mais patente. Explico-me. No meu horizonte político, o PP é a direita radical, o PSOE é um partido de centro que tende à direita e o BNG é de centro-esquerda. Os nacionalistas contam com xente muito valiosa e defendem posiçóns coas que estou de acordo, mas a política do dia a dia é continuísta e o seu líder atual, Anxo Quintana, procura sem esconder-o o voto duma hipotética direita nacionalista. Cre que a melhor aposta pra aumentar as suas opçóns é converter-se num CiU ou um PNV galego. Nom estou de acordo com essa aposta, mas penso que, pelo momento, o BNG pode defender algúms dos postulados que eu defenderia também. Mas, o troco estará tam lonxe como pra seguir apostando por eles? Ou quizais seria hora de arriscar-se e apoiar à FPG, uma verdadeira esquerda nacionalista? Claro, sem possibilidades de entrarem no parlamento, mas alí radica o risco, a vissom de futuro. E o sonho de ver a Ferrín no parlamento seria muito tentador, ainda que só fora um sonho.
Eu que sei, sempre fum covarde pra ir na vanguarda. Que tranquilidade cando nom se tomam deciçóns. Será por isso que a xente nom vota. Será por isso.


2 comentários:

  1. eu é a miña primeira botacion een galicia pero teño claro a quen votar a esquerda unida comohacia en madrid gústame pensar que voto diferente e que non se aprbechan do meu voto

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  2. Nom é uma mala eleçom EU, sobre todo agora que finalmente marchou Llamazares, mas há algumas coisas que me incomodam muito da sua vissom federalista do Estado Espanhol, demasiado homoxeneizante e pouco respectuosa coas naçóns que conformam este estado. De todos os xeitos, tenho que reconhecer que há casos, como o partido em Euzkadi, que loitam pela pluralidade, ainda que aos líderes do partido nom lhes faga muita graça.
    Obrigado pela visita.

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