sábado, julho 25, 2009

Reflessóns do dia da Pátria

Um companheiro da minha etapa de trabalho na USC (rematada há apenas umas semanas) dizia que por el melhor termos um patrom explotador galego que um Estado plural espanhol de esquerdas. Penso que o seus fundamentos eram mais pragmáticos que ideolóxicos xa que argumentava que atualmente é muito mais provável o primeiro có segundo (nom falava do "mais desexável").
Hoxe, dia da Pátria galega, vim e sentim cousas na manifa que me fixerom pensar que o nacionalismo que propom o BNG e boa parte das suas bases aceptam defende isso. Pra mim uma Quintana (parcialmente) chea que aplaude muito mais à delegaçom do PNV cá de Nafarroa Bai ou Aralar manifesta a auséncia dum partido nacionalista de direitas, com obxectivos eminentemente econômicos, que se poida entender à perfeçom co dito PNV e com CiU. A minha inxénua mente di-me que muitos votantes 'galeguistas' do PP apoiariam um partido así, o que levaria à direita espanholista ao lugar que lhe corresponde numa naçom histórica como é Galiza. E, chegado esse suposto, por fim muita xente poderia votar a uma agrupaçom política nacionalista, socialista e de esquerdas e nom votariam ao BNG porque nom há nada melhor. Mas claro, esses som muitos supostos e nom sei se chegaremos a ver isso.
Em todo caso, as minhas reflessóns neste dia da Pátria poderiam-se resumir numa ideia xeral: na Galiza nom é só a língua a que nom está normalizada; a vida (pelo menos a política) tamém nom está normalizada. Se nom, que me expliquem por que o BNG está necessitado de apoio social (foi a petiçom na que mais énfase puxo Guillerme Vázquez), por que este ano se escuitarom mais gritos de "BNG" (sobre todo pra calar algums de "independência") e menos de "Galiza ceibe" ou por que a manifa do 25 de xulho nom se normaliza finalmente e os "indepes" vam coa alternativa. Mas nom, o BNG recebe votos independentistas incômodos e co voto nom se xoga, que implica poder.
Cal é o proxecto político do novo BNG? Os apoios de que sectores sociais pide a nova dirixéncia? Que capital político lhe queda pra exixir as suas demandas se cada nova eleçom leva à perda de mais votantes? É provável que haxa nacionalismos diversos na Galiza, pelo menos numa naçom normalizada deveria ser así, mas só haverá um BNG, que tem que ser reinventado e repensado. Mentres, seguiremos esperando.


quinta-feira, julho 16, 2009

Amo

Amo os dias de outono cando o vento colhe as folhas do cham pra meter-as nas casas.
Amo caminhar a altas horas da noite, só, com frio e escuitando música a todo trapo.
Amo viaxar, só ou acompanhado, percorrer ruas desconhecidas, perder-me, pór-lhe soundtrack às cidades, aprender como se move a xente ao grao de passar por um mais.
Amo tirar-me no sofá com Folerpa ao carom, agarimar-a e sentir como rosma e durme.
Amo ver chover pela xanela, abrir-a e xeirar a humidade que sube dende o cham, sentir o som das pingas e, cando está a piques de rematar a tormenta, sair à rua a dar uma volta.
Amo a palavra "sussurro".
Amo que me deam uma aperta no momento indicado sem que tenha que pedir-a.
Amo viaxar em combóio.
Amo sentir o sol sobre mim numa tarde chea de nubes, cando lhe custa passar-as pra iluminar o mundo.
Amo.



Amo los días de otoño cuando el viento recoje las hojas del suelo para meterlas en las casas.
Amo caminar a altas horas de la noche, solo, con frío y escuchando música a todo volumen.
Amo viajar, solo o acompañado, recorrer calles desconocidas, perderme, ponerle soundtrack a las ciudades, aprender como se mueve la gente al grado de pasar por uno más.
Amo tirarme en el sofá con Folerpa al lado, mimarla y sentir como ronronea y duerme.
Amo ver llover por la ventana, abrirla y oler la humedad que sube desde el suelo, oír el sonido de las gotas y, cuando está a punto de terminar la tormenta, salir a la calle a dar una vuelta.
Amo la palabra "susurro".
Amo que me den un abrazo en el momento indicado sin que tenga que pedirlo.
Amo viajar en tren.
Amo sentir el sol sobre mí en una tarde llena de nubes, cuando le cuesta pasarlas para iluminar el mundo.
Amo.